Escadas Infinitas, Livros Infinitos, Sons Infinitos

Uma vez fui a uma Bienal de Arte em São Paulo e me deparei com a escultura de livros de Matej Kren e achei muito bom o tunel infinito de livros que ele formou utilizando espelhos. Essa passagem me veio depois que vi o trabalho de Dmitri Obergfell com as suas escadas infinitas.

Ambos são caminhos infinitos e fazem a nossa imaginação viajar.

É a mesma coisa quando vi pela primeira vez a capa do disco Ummagumma do Pink Floyd onde a imagem do grupo era repetida nos espelhos infinitamente.

Sem fim...

Escultura Idiom de Matej Kren

Infinite Ladder de Dmitri Obergfell

Ummagumma do Pink Floyd

A desnatureza de Henrique Oliveira

Desnatureza
Henrique Oliveira
2011
Galerie Vallois, Paris-França
madeira compensada
3,1 x 3,8 x 3,6 m
foto de Aurélien Mole












Não entendo nada de arte mas acredito nas sensações que a arte me traz. E vendo o trabalho de Henrique Oliveira tenho a impressão que a natureza busca um espaço que lhe foi roubado.
É como quando andamos por uma calçada e vemos as raízes das árvores estourando o concreto em busca de mais ar, mais água, mais uma sobrevida. É isso que esse artista de Ourinhos me transmite.
Sua obra dominou o mundo porque possui uma mensagem universal e creio que muitas pessoas têm essa leitura da natureza, que está longe e perto ao mesmo tempo, que morre e vive toda hora.

Para conferir mais sobre seu trabalho clique aqui.

Fotografias inexplicáveis em preto e branco

Sempre fico muito tempo observando imagens inexplicáveis e acho sensacional.
Seriam mensagens subliminares? Comunicação com o além ou com outros planetas? Metáforas muito complexas para nós mortais?
Abaixo escolhi as 10 mais sensacionais.

O que levam 6 mulheres serem registradas eternamente segurando um colchão mijado?

Seres de outro planeta com seu mestre à frente?

A mulher é cega diante da traição de seu marido que faz tudo nas suas costas? E a amante põe a cara pra bater?

O pequeno homem da família, fumando, usando meia-calça e sapato de menina que será o herdeiro da granja?

O soldado foi pego com as calças na mão devido ao gato preto que lhe trouxe mal agouro?

Esse até minha avó faria! Os mini craques contra a seleção panda... só que o goleiro parou para comer broto de bambú?

Ninguém avisou o menino que se tratava de um curso de camuflagem? Ou seriam sequestradores pedindo resgate?

Ela está viúva porque eliminou o marido no terceiro assalto?

É um manual de sobrevivência na floresta explicando como os ursos costumam atacar os humanos?

Essa é sombria! A mulher está com chumassos nos ouvidos porque não quer ouvir a sinfonia do marido que teve má sorte com o gato preto?

E a última para fechar as 10 mais.
Trata-se de terapia ocupacional para cabras?

















Se você quiser ver mais algumas fotos sensacionais clique aqui.

A nossa cabeça vai dar um nó com tantas referências e informações.

Geração 90: O que foi mostrado - O que não foi dito

Antonio Dumas Seixas - litografia - s/data - obra do acervo

Em 1992 acabei de me formar em artes plásticas e vi que ali é que começava uma longa jornada rumo ao desconhecido mundo das artes.
E o lugar que me acolheu e me fez muito bem foi o velho e bom Núcleo Henfil. Fui ver uma exposição e a simpática Ilva Aceto me recebeu tão bem que resolvi voltar para ver alguns livros da biblioteca que era tratada como se fosse a sala da sua casa.
Lá se encontravam muitos artistas que mostravam suas obras, conversavam e discutiam sobre os mais diversos temas envolvendo a estética, o pensamento, o conceito, as técnicas envolvendo este novo mundo.
Grandes camaradas, grandes pessoas, que não estavam alí para aparecer, simplesmente queriam colocar para fora a sua produção e suas ideias. Existia muita gente fera e me via no meio de todos tentando entender o que não era possível entender.
Hoje pinto meus quadros, tiro minhas fotos, faço meus rabiscos e vivo trabalhando com arte com um pouco mais de segurança graças à esses estudos que participei com todas essas pessoas maravilhosas. Eles me ajudaram muito.
Por isso fiquei muito feliz ao ver a exposição da Pinacoteca de São Bernardo, que traz obras de muitos artistas desse período: Scopel, Dumas, Refineti, Rubens, Tony e muitos outros que são grandes artistas.
E eu que estou no meio dessas feras me sinto muito bem acolhido, como sempre me senti quando frequentava o Núcleo Henfil.
Vida longa aos grandes que têm muito a dizer!

Pinacoteca de São Bernardo do Campo
Rua Kara, 105 - Jardim do Mar - Tel: 4215-4056
Visitação até 31 de janeiro de 2013
Terça a sábado, das 9h às 17, quinta, até às 20h30

Para saber mais clique aqui.